A primeira reunião científica APAMT 2018 foi realizada na manhã de sábado, 24 de março, trazendo para debate o óbito no trabalho e como o médico da empresa deve e não deve agir diante de tais situações.

Dando início à aula, o vice-presidente da APAMT e professor da UFPR, Dr. João Carlos Lozovey, fez a apresentação de cinco casos e as dúvidas suscitadas a partir de cada um deles, levando em consideração que nem todo óbito no ambiente de trabalho é necessariamente um acidente de trabalho.

Entre as questões levantadas estão o atendimento pelo médico do trabalho fora da empresa, preenchimento de documentos, contato e prestação de informações à família do trabalhador e a qual autoridade comunicar o óbito, além do correto preenchimento do atestado de óbito, tema que foi abordado pela Dra. Denise Siqueira de Carvalho, diretora científica APAMT e também professora da UFPR.

Ela apresentou as regras e informações legais que devem ser registradas no momento do preenchimento do documento, como letra legível, causa da morte, e a importância de constar sequencia lógica e temporal de eventos diagnósticos que culminaram com a morte.

"Vida e Morte no Trabalho" foi o tema da fala do Dr. Elver Andrade Moronte, perito em Medicina do Trabalho do MPT e médico do trabalho da SMS de Curitiba. Ele apresentou dados de mortalidade relacionada à atividade profissional no país e no estado de acordo com os sistemas de registro disponíveis e relatou ainda que muitos casos de acidentes são decorrentes de horas extras, situação a ser observada. "Devemos sempre lembrar que a morte é um evento dramático, que deve ser tratado da forma mais humanizada possível, inclusive com apoio aos demais trabalhadores que acompanharam o ocorrido", concluiu.

A manhã terminou com um debate entre os participantes. O vídeo da aula será disponibilizado na Área Restrita do site da APAMT em breve.